O conceito de Construção Sustentável baseia-se no desenvolvimento de um modelo que permita à construção civil enfrentar e propor soluções aos principais problemas ambientais de nossa época sem renunciar à moderna tecnologia e à criação de edificações que atendam as necessidades de seus usuários. Para chegar a isso, são promovidas alterações no sistema construtivo para a atender as necessidades de edificação e uso do homem moderno preservando o meio ambiente e os recursos naturais. A construção civil é o ... segmento que mais consome matérias-primas e recursos naturais no planeta e é o terceiro maior responsável pela emissão de gases do efeito estufa à atmosfera, compreendida aí toda a cadeia que une fabricantes de materiais e usuários finais (construtoras, empreiteiras etc.). A Construção Sustentável tem, portanto, papel fundamental no desenvolvimento e incentivo de toda a cadeia produtiva para que possa mudar os processos para um foco mais ecológico, de forma a reverter o quadro de degradação ambiental. A AEAM (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Maringá) não só incentiva o desenvolvimento de construções sustentáveis como também trabalha pela difusão deste conceito, tendo realizado diversas palestras sobre o tema nos últimos anos. Segundo o Instituto para o Desenvolvimento da Habitação Ecológica, há nove passos principais para uma construção sustentável: 1. Planejamento Sustentável da Obra 2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais 3. Eficiência energética 4. Gestão e economia da água 5. Gestão dos resíduos na edificação 6. Qualidade do ar e do ambiente interior 7. Conforto termo-acústico 8. Uso racional de materiais 9. Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis O último item é o que vai garantir à obra a condição de construção sustentável. Para isso, é necessário prever, durante o processo da construção, uso máximo de produtos e tecnologias amigas do meio ambiente que atendam os seguintes pontos: - Ecologia (coletar dados que comprovem o desempenho sustentável dos processos construtivos, produtos e tecnologias recomendados, do ponto de vista da gestão e uso de matérias-primas e insumos básicos; energia; água; emissão de poluentes; normatização; cumprimento das leis vigentes; embalagem; transportes (logística); potencial de reuso e/ou reciclagem). - Economia (Recomendar ecoprodutos e tecnologias sustentáveis adequados à realidade financeira e capacidade de investimento do cliente, com prazo e taxas de retorno definidos); - Saúde (Avaliar a biocompatibilidade e sanidade dos produtos recomendados para o ser humano e organismos vivos em geral, com o objetivo de gerar um ambiente saudável e de elevada qualidade para seus ocupantes e vizinhança); - Responsabilidade social (Recomendar o uso de materiais que atendam às normas brasileiras e internacionais de qualidade e padronização (NBR 16001), cuja fabricação contribua para inserção da população desfavorecida no mercado de trabalho e consumo, bem como para fixação do homem em sua região de origem).
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